14 de fev. de 2011

Lucratividade Máxima

O lucro, objeto de desejo dos empreendedores, meio pelo qual o empreendimento torna possíveis seus planos, etc, é sem dúvida um dos principais, se não o principal, componente da dinâmica empresarial.


Porém em pequenos negócios em sua maioria o que se vê são empreendedores retirando valores da sua empresa sem critério e usando como principal indicador para tomar decisões o faturamento bruto ou no máximo o lucro bruto da empresa.

Para aqueles que já entenderam que a dinâmica da empresa ultrapassa questões simples como essas, em geral se perguntam: qual é a lucratividade máxima da minha empresa? Quanto posso colocar de fato no bolso mensalmente, trimestralmente ou anualmente? Meus concorrentes têm o carro A e casa de veraneio, será possível que eu não posso ter também??

Bem, essa é uma pergunta complexa e por isso existem várias e várias teorias espalhadas pelo mundo dizendo as coisas mais diversas possíveis e até contraditórias. Assim vou limitar minha explanação à minha vida prática.

A capacidade de lucro de uma micro, pequena ou média empresa está diretamente ligada a algumas condições, que dentre estas destaco: Capacidade empreendedora do (s) líder (es) (visão de negócio, liderança, gerenciamento, eficácia em negociações, etc) , condições do mercado onde ele atua (nível de atividade, nível de inadimplência, concorrência, etc) e condições de funcionamento da empresa (funcionários, máquinas,  instalações, etc). Esse conjunto gera N possibilidades de composição de uma equação que gerará outras N possibilidades de respostas. No universo das grandes, tendo em vista que se tem uma melhor padronização destes fatores (melhores pontos, melhores cérebros para liderar, melhores máquinas, processos efetivos que deixam os funcionários mais produtivos, etc), há uma condição de comparação por setor / mercado / atividade, bem mais aceitável e interessante.

Tomando como pontos de comparação o investimento inicial, geração de caixa e lucratividade (lucro em função da receita), vi em minha jornada empresários / empreendedores que conseguiam transformar atividades que são até discriminadas por alguns, como comércio de pneus usados, em verdadeiras máquinas de gerar dinheiro, porém, vi outros tantos negócios nascidos de ideias brilhantes, com capital suficiente, com um mercado carente não vingarem e acabarem com a vida financeira do empreendedor, como uma fábrica de notebooks que foi idealizada, pensada e teve seu primeiro lote produzido e vendido a um preço acessível e com uma lucratividade boa em meados de 2005, ou seja, numa época que boa parte do mercado brasileiro era de importados e que a Positivo, por exemplo, trabalhava apenas com PCS.

Desta forma, somente a própria empresa com todas essas variáveis citadas poderá dizer qual é sua equação e assim responder para os interessados perguntas como: Quanto minha empresa dá de lucro e quanto eu posso distribuir para mim e para os demais colaboradores e em qual periodicidade, para que eu não prejudique o presente e/ou principalmente o futuro da empresa.

Fabiano Paraíso – Todos os direitos reservados.

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